September 21, 2005

Havia um homem e uma mulher, elas eram amigos.
A medida que o tempo passava a amizade ia se fortalecendo, chegando ao ápice de conversarem todos os dias.
Eles realmente eram pessoas afins, porem um deles gostou mais...foi ela.
Diante do fato, descobrindo-se apaixonada pelo amigo ela arma uma situação romântica e beija o rapaz. Ele para a surpresa dela corresponde.
Depois do momento de afeto que ocorrera eles se desencontram algumas vezes, ficando o não dito pelo dito e o sentimento um tanto quanto no ar.
Um belo dia ele a convida pra sair, ela, envergonhada, inventa uma desculpa e não vai.
Na festa o rapaz sentindo-se sozinho encontra um moça também solitária, são apresentados, e por encanto começam a namorar.
Caríssimos leitores a história é um pouco longa.
Para poupa-los do triste desfecho, resolvo que o poema(não menos triste) que rapaz enviou à primeira moça finalize está história.


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do mundo imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinicius de Moraes)

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