Retrato de Artista enquanto Coisa -
Manuel de Barros
A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou – eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas,
que olha orelógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva,
etc
Perdoai.
Mas eu preciso ser outros.
Eu preciso renovar o homem
usando borboletas.
2 comments:
senti um certo incômodo com as coisas simples...é isso mesmo?
bjin!
Roberta
Não havia pensado em incomodo com o que é prosaico, mas sim com o determinismo...
Podemos ser multíplos sem deixar de ser simples, nesse ponto acho que o autor extrapola. Entrtanto ela está falando do artista coisificado, enquadrado por um sistema de coisas.
É mais ou menos isso.
bjão!!!!
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