Há um bom tempo deixei de olhar só pra mim, de me perceber o tempo todo.
Claro que agora, neste momento, quando escrevo sobre isso estou pensando em mim.
O que quero dizer é que tenho descobrido tantas coisas nos outros,
Nos abraços, nas companhias, nas conversas, na aceitação, na des-sacralização moral.
O outro, refletido na minha retina, é muito interessante, é complexo, é especial, é singular.
Tem histórias, tem poeira no solado do sapato, do chinelo, ou dos pés. tem vida pulsando nas córneas.
Tem tanto pra eu conhecer e apreender e me estarrecer, e rir, e chorar também.
O outro é solidário! Tenho experimentado pessoas solidárias que compartilham até suas canções
Prediletas. Tenho encontrado pessoas que me emocionam plenamente, que me causam arrepios
de ternura e surpresa por suas existências. Os tempos atuais são mais azuis que imaginamos.
Precisamos procurar pessoas que nos tirem do chão com as que conheci nos últimos tempos.
Essas pessoas procuram se abrir para o novo. Não que não tenham preconceitos, devem ter,
Talvez...mas elas são mais livres e tenho aprendido com elas.
Tenho sentido e "visto" nas pessoas um sentimentos de comunidade, de pertencimento que não
Há em toda parte. Ao contrário do que possa parecer não estou fechando os olhos; estou
Retirando as viseiras que velam o olhar e o ver.
Quando nos abrimos ao outro de verdade é muito difícil não haver transformações!
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