February 21, 2010

Auto-explicação

A linguagem (ininterrupta) da chuva,
Janela que deixa antever a água que virá.
Quadro a quadro
O olhar é como câmera que, governado, escolhe abrir ou fechar em alvos determinados.
É mira, foco, disparo, dentro e fora da cena.
A chuva pode ser metáfora ou literalidade.
Ou, pode ser, a chuva, as duas coisas.
Quando...
A linguagem interrompida da chuva pela marquise, sombrinha, ônibus, carro...
Pára tudo, para todos, quase...
Quase é o que se pode sentir. Quase feliz, quase tranqüilo, quase alegre.
Quando é futuro. Quando chegar, quando conseguir, quando puder.
A tal linguagem é contingente, tanto quanto...
Tanta coisa.
Mas, não é ininterrupta a linguagem da chuva, pois, nem bem cessa a condensação e já É mudança.
E a janela e tudo que se antevê permanece, fatalmente, literal e, ainda bem, mutável.

1 comment:

Anonymous said...

Nossa ue viagem!
Lilica