Acordei pensando sobre o 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, data em que comemoramos a memória e a história do nosso herói negro, Zumbi dos Palmares. Zumbi simboliza a luta pela liberdade, pela busca do reconhecimento da população negra brasileira como um povo que contribuiu enormemente para o desenvolvimento da nação. Mas, andando pelas ruas, entrando em lojas, bancos, escolas, ainda percebo que falta representação dessa população negra nos postos de comando, nas universidades, nos espaços destinados a cultura elitizada. Algumas mudanças vêm ocorrendo no cenário nacional, no sentido de mudança, principalmente no plano educacional, mas ainda me pergunto, quando penso na mídia, nas relações de poder: Onde estamos? Há ainda muito chão para ser percorrido em busca de uma igualdade formal de direitos. Zumbi precisa estar em nosso cotidiano como símbolo que é de resistência e lutas. Zumbi também sou eu.
Na escola
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país. Para que isso ocorra o governo precisa investir muito mais na formação de seus professores e este precisam se conscientizar de que as desigualdades não forma naturalmente estabelecidas, foram sim, socialmente construídas.
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