April 24, 2006

A efemeridade da infância.

Ontem fiquei boa parte do meu dia, dia cumpridoooo, a brincar e observar uma certa crinça. Enquanto nos divertiamos, rindo e rolando pelo chão eu me dava conta do quão a vida é efêmera, transitória, frágial e ao mesmo tempo forte, resistente, curiosa e espontânea. Na verdade as característcas da vida se confundem com as qualidades dessa criança, que é a paixão da vovó e o delírio da titia, isso pra não falar dos seus pais.

Os sorisos inocentes, as piscadas, suas mão entre as minhas à empurrar-me pra longe tentando afastar meu abraço muito apertado, o bocejar já no fim do dia todas as atitudes impensadas, sem cálculo algum me fizeram perceber que crescer e abandonar certos jeitos é embrutecer, é perder algo muito precioso.

O que se conquista é também interessante faz parte da vida, desse turbilhão chamado viver, mas é meio triste.

Essa criança é especial, tem me ensinado tanta coisa sobre os seres humanos. Sem saber ela vem me humanizando mais. Vem me ensinando que os limites da vida são tênues. Que as experiências têm mesmo que ser aquilo que perpassa nosso ser, que corta a nossa carne e sangra às vezes, porque as lesões são necessarias.

Criança gosta de desenhar, brincar, pular, sorrir.
Criança é imensa sem saber que é.
Criança é indelevel, deixa marcas no adulto.
Aprende e ensina.

Té mais....

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