October 4, 2006

Sobre sábado:Fabiana e Moryia.

Ontem li um texto de Walter Benjamim intítulado o narrador. Nele o autor fala do fim da possibilidade da narrativa depois do nascimento do romance.
Por gostar de narrativas, experiências ditas ou contadas boca a boca, passo a narrar, de uma forma bem descompromissada com os cânones linguistícos, um pedaço de tarde e chegada da noite num certo lugar agrádavel com pessoas agradáveis no último sábado.
Estavamos sentadas, animadas, rindo, falando sério e fazendo graça.
Estavamos atentas, umas às outras, atentas as palavras, aos fatos ditos e ao mesmo tempo, estavamos despojadas, tranquilas, confortáveis.
Pairava uma aura de descanso merecido, um tom de alegria típica da nossa idade, juventude. Me senti tão bem alí, me senti entre pessoas amigas, o que de fatos elas são.
Bebemos, comemos, falamos..
Bebemos em pequenos goles para render assunto.
Comemos mais rápido, pois demorou, a pizza demorou um pouquinho.
Falamos sempre antes, durante e depois de tudo.
As palavras são como experiências latentes, a espera de um sopro de fala, que nos perpassam e nos rasgam, entram e às vezes são costuradas passando a coser e compor o tecido da vida.
Caminhamos nos despedindo, caminhamos nos olhando com aquela certeza de que momentos como aquele se repetiram sempre, pois nos gostamos.
Eu gostei e gosto sempre que nossos caminhos se cruzam.
Nem que sejam breves os mementos, eles me são necessários.

2 comments:

Anonymous said...

putz! bonito..
esses momentos também me são necessários..
foi boa a conversa, a cerva, a pizza...
bjin pra ti!
roberta

Fabiana said...

Todos esses nossos momentos sempre tiveram o seu q d especial. E também espero a continuidade.
Ah eu não consigo escrever coisas bonitas assim, eu escrevo coisas desconexas.
Mas é verdade a pizza tava boa, só faltou uma vodcazinha né...
Mas dia 12 tem encontro de novo, e a gente repete o momento.